MENU

CUT-DF dialoga com população na Rodoviária do Plano sobre a falsa abolição

A atividade foi parte das ações realizadas pela CUT-DF em alusão aos 136 anos da falsa abolição

Publicado: 14 Maio, 2024 - 13h18 | Última modificação: 14 Maio, 2024 - 14h37

Escrito por: CUT-DF

Marcos Paulo Lima (Maracatu)
notice

Na última segunda (13), a CUT-DF e seus sindicatos filiados estiveram na Rodoviária do Plano realizando panfletagem. Organizada pela Secretaria de Combate ao Racismo da Central, a atividade teve como objetivo conscientizar a sociedade sobre os 136 da falsa abolição e seus impactos à população negra.

Na ação, foi distribuído um panfleto que apresentava “13 motivos para não comemorar o 13 de maio” ─ data celebrada nacionalmente como o Dia da Abolição da Escravidão no Brasil.

Entre outros pontos, o material educativo explicava que, além de a Lei Áurea não garantir de fato o fim do regime escravagista, deixou milhares de negras e negros em situação de vulnerabilidade social, o que levou à desigualdade racial que persiste até os dias de hoje.

Outro ponto destacado no documento entregue foi o protagonismo de figuras históricas na luta pelo fim da escravidão, fato apagado pela história. Entre eles, destacam-se Luís Gama, André Rebouças, Adelina, Maria Firmina dos Reis e outros.

Veja o panfleto completo aqui.

“Hoje, neste 13 de maio, estamos aqui para cobrar o Estado uma reparação histórica dos 136 anos a falsa abolição. É uma data para ser lembrada e refletida para que a população negra tenha melhores condições de vida e de trabalho e que consiga ocupar espaços de poder na sociedade”, disse a secretária de Combate ao Racismo da CUT-DF, Ana Cristina Machado.

O secretário de Juventude da Central, Tiago Bittencourt, também participou da atividade e destacou a necessidade de pôr fim a toda prática de discriminação racial. “Estamos aqui conversando com a juventude trabalhadora, juventude negra, informando a importância da conscientização e para dizer que racismo é crime e deve ser denunciado”, afirmou.

“Isso precisa ser mudado”

Maria Silva (nome fictício) foi um dos milhares de populares que receberam o material na Rodoviária. A funcionária pública, que prefere nãos ser identificada, contou que sente na pele os impactos do racismo. 

“Para você ver, eu trabalho em um setor que tem muitas pessoas, e eu sou a única negra. E, de vez em quando eu sinto um certo distanciamento das pessoas, como se dissessem ´não, não vou ser atendida por ela não´. Então, isso precisa ser mudado”, disse.

 Veja mais fotos da atividade.

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por CUT-DF (@cut_df)