Escrito por: Marina Maria
Violência contra as mulheres, assédios e a necessidade de ocupar cada vez mais espaços foram temas de destaque no evento
A atividade, que faz parte da campanha 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, aconteceu na noite dessa quinta-feira (23), no teatro Mapati. O evento contou com a participação da secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, Thaísa Magalhães, que explicou como foi a realização do documentário “A voz é delas: histórias não contadas das mulheres sindicalistas”, desde a ideia do projeto até o lançamento, que aconteceu em março de 2023.
Em mais de 30 entrevistas, o filme relata as dificuldades, as lutas e os sonhos das líderes sindicais que conquistaram destaque no movimento, apesar do machismo que ainda é perpetuado neste meio, como um reflexo da nossa sociedade.
“Embora o filme seja voltado para falar sobre a política de violência de gênero no mundo sindical, e sobre a construção da paridade e as dificuldades da inserção das mulheres na política, boa parte das pessoas que estavam no cinedebate declarou que não é do mundo sindical, mas se enxergou em várias falas que aparecem no documentário”, afirmou Thaísa Magalhães.
De acordo com a sindicalista, essa identificação acontece porque as mulheres infelizmente precisam enfrentar, no dia a dia, disputas em praticamente todos os espaços. “No seu trabalho, em cargos de gestão melhores remunerados, ocupando funções, as mulheres sofrem as mesmas violências. Embora o filme seja sobre a realidade da violência no mundo sindical, ele está falando sobre a violência que as mulheres vivem em todo o seu cotidiano, em casa, no trabalho, nas suas organizações. Então, foi uma discussão muito proveitosa e aproveitada por todo mundo que se dispôs a passar numa quinta-feira à noite até às dez e meia conversando sobre como a gente combate a violência política de gênero na sociedade brasileira”, avaliou Thaísa.
A CUT-DF lança no próximo sábado (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, a campanha nas redes sociais, com vídeos sobre assédio moral, convenção 190 da OIT e outros temas.
O espaço
Há 23 anos, o teatro Mapati é a residência artística da companhia do mesmo nome e fundada por Tereza Padilha, atriz e diretora teatral. Localizado na SHCGN 707, bloco K, o espaço conta com uma sala modular com capacidade para até 120 espectadores, salão de dança, ateliê de artes visuais, dentre outros ambientes.
À serviço da comunidade, o Mapati realiza colônias de férias, cineclubes, oficinas, espetáculos e mais uma série de atividades culturais. Acompanhe a rede social do teatro e fique por dentro da programação.