CUT Brasília estreita relações com comunidade Kalunga
A descoberta de minas de ouro nos estados de Minas Gerais e Goiás há quase 400 anos, aglomerou índios nativos e escravos negros trazidos da África para executarem trabalho pesado sob muitos castigos. O desejo de liberdade motivou fugas, que resultaram no desbravamento da mata ao redor das jazidas na região dos vales da Chapada […]
Publicado: 06 Junho, 2013 - 19h01
Escrito por: Cutbsb@123
Kaluga1(1)
A descoberta de minas de ouro nos estados de Minas Gerais e Goiás há quase 400 anos, aglomerou índios nativos e escravos negros trazidos da África para executarem trabalho pesado sob muitos castigos. O desejo de liberdade motivou fugas, que resultaram no desbravamento da mata ao redor das jazidas na região dos vales da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. A partir daí foram criados os quilombos, que deram origem ao povo kalunga. A cidade de Cavalcante (GO) ainda é morada dos kalungas, que se organizaram, criaram associação e, séculos depois, continuam lutando por justiça. Para se somar à luta desses trabalhadores, a CUT Brasília visitou, na última semana, o Engenho II do Quilombo Kalunga.
O líder comunitário e presidente da Associação Quilombo Kalunga, Sirilo dos Santos Rosa, conta que, apesar de a comunidade existir há mais de três séculos, o território só foi reconhecido em 20 de novembro de 2009, Dia da Consciência Negra, por decreto presidencial. Só no Engenho II, são 2,5 mil habitantes, que ainda padecem de políticas públicas.
“Nosso intuito é de tirar essas pessoas, negros e negras, índios e índias, do anonimato. Muita coisa aqui já mudou. No governo Lula, foi possível trazer energia elétrica para cá, por exemplo, mas ainda há muita coisa a se fazer. Por isso, a CUT Brasília se une ao Quilombo Kalunga, para que os direitos trabalhistas e a dignidade humana também sejam uma realidade daqui”, avalia o secretário de Combate ao Racismo da CUT Brasília, Marcos Junio.
O Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, o maior território quilombo do Brasil, onde moram cerca de duas mil famílias, aproximadamente oito mil pessoas.
Fonte: Secretaria de Comunicação da CUT Brasília