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População LGBT marcha contra “cura gay” nesta quarta (27)

Por acreditarem que direitos só se conquistam nas ruas e com muita mobilização, a população LGBT e movimentos sociais dos vários segmentos da sociedade se unem nesta quarta (27) e marcham rumo ao Congresso Nacional. A ação é contra a execrável liminar do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, que abre […]

Publicado: 27 Setembro, 2017 - 12h05

Escrito por: Leandro Gomes

Leandro Gomes
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Por acreditarem que direitos só se conquistam nas ruas e com muita mobilização, a população LGBT e movimentos sociais dos vários segmentos da sociedade se unem nesta quarta (27) e marcham rumo ao Congresso Nacional. A ação é contra a execrável liminar do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, que abre caminho para que psicólogos proponham tratamentos de “reversão” da homossexualidade, a chamada “cura gay”. A concentração para a marcha acontece a partir das 17h, em frente ao Museu Nacional.

Encabeçado pelo Movimento Social LGBT, a manifestação, entre outros pontos, tem como objetivo chamar a atenção dos governantes para a carência de políticas públicas voltadas à comunidade.

De acordo com a liminar do juiz Waldemar, psicólogos estão aptos a estudarem e oferecerem tratamento para a reorientação sexual dos homossexuais, o que invalida a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que profere que a homossexualidade não é uma doença ou um desvio. A liminar contradiz, inclusive, o posicionamento da Organização Mundial da Saúde de que “a homossexualidade constitui uma variação natural da sexualidade humana, não podendo ser, portanto, considerada como condição patológica”.

A medida judicial reafirma, mais uma vez, a crescente onda conservadora no país, como destaca o representante do Movimento Social LGBT, Henrique Elias. Ele relembrou a luta da comunidade no âmbito Distrito Federal contra a derrubada do decreto que regulamentava a lei anti-homofobia em Brasília. “Foram 17 anos de lutas para que se regulamentasse a lei. Quando conseguimos, a Câmara Legislativa, fundamentada por ideais conservadores, foi lá e derrubou”, disse.

Elias ressalta essas determinações só uniram a comunidade. “É contra os inúmeros retrocessos que vamos lutar e resistir. Vamos mostrar que não estamos parados e que não aceitaremos ser tratados como doentes”, afirmou.

Fonte: CUT Brasília