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Comerciário assume superintendência Regional do Trabalho do DF

Agora a classe trabalhadora terá representatividade nessa instância tão importante para mediar conflitos e avançar em pautas como geração de emprego digno e renda

Publicado: 06 Maio, 2023 - 09h32 | Última modificação: 06 Maio, 2023 - 09h42

Escrito por: Marina Maria

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A manhã dessa sexta-feira (5) foi muito importante para o movimento sindical do DF, que compareceu em peso à posse do novo superintendente Regional do Trabalho, Jackson da Silva Azara. O militante tem um histórico de luta e defesa da classe trabalhadora, tendo participado da diretoria do Sindicato dos Comerciários e da Federação dos Trabalhadores do Comércio e Serviços da CUT. Agora, à frente da superintendência, Jackson se compromete a continuar o enfrentamento por emprego digno, direitos e qualidade de vida.

“Temos um grande desafio que é a reconstrução e o retorno da importância do órgão (superintendência regional do trabalho), cujo funcionamento pleno não se dá apenas na mediação. Também é necessário fomentar trabalho, emprego e renda, além de promover um  atendimento eficaz ao trabalhador”, afirmou Jackson.

O superintendente ainda enfatizou que não fugirá à luta e citou, como alguns de seus desafios, a regulamentação de muitos trabalhadores informais, o combate ao desemprego, ao trabalho escravo e ao trabalho infantil.

 

“Temos um lado”, afirmou Ministro do Trabalho

Presente na posse, o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,levantou importantes reflexões sobre a informalidade no mundo laboral, a exploração e as novas tecnologias. Ao citar o presidente Lula, Marinho afirmou: “governamos para todos, mas temos um lado, que é o de combater a exploração, o trabalho escravo, o trabalho degradante, o trabalho infantil”.

Ao cumprimentar o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, o Ministro disse: "Todo o nosso apoio à greve dos professores. Espero que o governo do DF tenha a consciência de negociar pois a negociação é o melhor caminho".

Para Marinho, a introdução de novas tecnologias e a chamada modernização das relações não faz sentido se não for para melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas isso precisa incluir as trabalhadoras e os trabalhadores. “É evidente que não estamos declarando guerra a ninguém, nossa guerra é contra a fome, contra o desemprego, contra a exploração.  Desejamos respeito aos trabalhadores, à jornada. A jornada excedente leva à doença e leva à morte. Não podemos permitir que as novas tecnologias venham à serviço da extravagância da riqueza na mão de poucos, mas que venham para democratizar a economia, o acesso, às condições de vida”, afirmou o Ministro.

 

Trajetória de luta

Durante a cerimônia de posse de Jackson da Silva, alguns de seus companheiros de lutas sindicais realizaram falas sobre a trajetória do novo superintendente Regional do Trabalho, como a presidenta do Sindicato dos Comerciários do DF, Geralda Godinho, o presidente da Contracs/CUT, Julimar Roberto, e o deputado distrital Chico Vigilante.  

O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, afirmou que o sucesso de Jackson será de toda a classe trabalhadora. “É um anseio de todos nós o fortalecimento da superintendência do trabalho, precisamos valorizar e retomar a importância deste órgão que deve atuar na fiscalização, distorções e resolução de conflitos, além da regulação dos trabalhados e geração de empregos com dignidade”, afirmou.