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Companheira Cilma da Cruz Galvão, presente!

Seguiremos lutando contra o feminicídio e cobrando dos nosso governantes políticas que, de fato, sejam eficazes e que interrompam de vez qualquer tipo de violência contra as mulheres

Publicado: 04 Outubro, 2021 - 12h02 | Última modificação: 04 Outubro, 2021 - 12h45

Escrito por: CUT-DF

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A direção da CUT-DF repudia veemente o aumento dos casos de feminicídio no Distrito Federal e no Brasil, e lamenta a perda da companheira Cilma da Cruz Galvão, mais uma vítima da condescendência do Estado com o genocídio diário de mulheres.

Cilma, 50 anos, que era diretora de Políticas para as Mulheres e Combate ao Racismo do Sindicato de Serviços Terceirizáveis (Sindiserviços-DF), foi assassinada brutalmente dentro da própria casa. O principal suspeito do crime é o seu namorado, identificado como Evanildo das Neves da Hora, 37 anos.

A partida prematura de Cilma é uma perda irreparável não só para a família e amigos, mas também para nossa luta por igualdade racial e de gênero. Ela, que nunca mediu esforços para lutar contra o fim da violência contra as mulheres, teve a vida tirada por crime hediondo. E, se depender do Estado, será apenas mais um número.

Isso porque, progressivamente, os governos conservadores, além de barrar debates sobre igualdade de gênero nas escolas, com iniciativas como a Lei da Mordaça, ainda questionam e reduzem a violência contra a mulher, colocando as denúncias à prova, buscando motivos para o indefensável, culpabilizando as vítimas e até mesmo dando espaço para os agressores.

Um exemplo recente disso, foi quando, no mês passado, o deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC) recebeu o agressor de Maria da Penha, afirmando que ouviu a versão do criminoso e contestando a veracidade do crime que chocou o país.  

Mas não nos calaremos diante de tamanha barbaridade que, diariamente, tira a vida de milhares de mães, amigas, trabalhadoras, donas de casa. Seguiremos lutando contra o feminicídio e cobrando dos nosso governantes políticas que, de fato, sejam eficazes e que interrompam de vez qualquer tipo de violência contra as mulheres.

Exigimos o cumprimento da Lei do Feminicídio!

Exigimos políticas públicas de educação e prevenção contra todas as formas de violências contra as mulheres!

Nossa solidariedade às companheiras e aos companheiros do Sindiserviços, à família, amigas e amigos de Cilma.

 CUT-DF