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Magistério público aprova estado de greve; mobilização resulta em reunião com GDF

A categoria aprovou ainda um calendário de lutas par ao mês de abril

Publicado: 27 Março, 2025 - 13h42 | Última modificação: 27 Março, 2025 - 13h53

Escrito por: Sinpro-DF

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Professoras, professores, orientadoras e orientadores educacionais da rede pública do DF aprovaram estado de greve na primeira assembleia do ano, realizada nesta quinta-feira (27/3). A decisão segue orientação do Sinpro e marca as ações da Campanha Salarial, que reivindica reajuste de 19,8% rumo à meta 17 e reestruturação da carreira já!

Como resultado da mobilização, a comissão de negociação do Sinpro foi chamada, ainda durante a assembleia, para reunião com representantes da Secretaria de Educação e Secretaria de Economia. O encontro foi articulado pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Wellington Luiz (MDB), presidente da Câmara Legislativa.

“A partir de agora, estabelece-se uma mesa de negociação com encontros periódicos e a participação das Secretarias de Educação e de Economia para, de fato, discutir a reestruturação da carreira”, disse a diretora do Sinpro Márcia Gilda, integrante da comissão de negociação. “Esse primeiro encontro foi muito positivo, resultado da nossa mobilização. Saímos de lá com o compromisso do governo de realmente colocar a Educação no orçamento”, completou Márcia Gilda.

A mobilização faz a diferença

Pela força da atuação do Sinpro, a comissão de negociação tem sido recebida pelo governo. Algumas vitórias já foram conquistadas, como a participação remunerada de professores e professoras em contrato temporário na Semana Pedagógica. O Sinpro também arrancou do GDF o compromisso de que não haverá instalação de pontos eletrônicos nas escolas, e segue na luta para que, da mesma forma, não haja ponto eletrônico na sede e nas regionais. Além disso, a luta pela convocação de todos os aprovados e aprovadas do último concurso é uma das prioridades, e vem sendo intensificada.

Durante a assembleia desta quinta-feira, a comissão de negociação do Sinpro informou que apresentou ao GDF a necessidade de reestruturação da carreira, e lembrou que as maiores conquistas da categoria vieram na elaboração de planos de carreira, como aconteceu em 2007 e 2013.

As intervenções que se sucederam fortaleceram a análise de que a reestruturação da carreira é estratégica para avançar nas conquistas. Além do achatamento dos padrões, para se atingir mais rápido os melhores salários da carreira, muitas falas apontaram a importância da valorização da formação dos e das profissionais da educação.

>>> Reestruturação da carreira é estratégica na campanha salarial; veja o ponto a ponto 

Após debate qualificado, além do estado de greve, a categoria aprovou calendário de lutas para fortalecer a mobilização pela Campanha Salarial 19,8% rumo à Meta 17 – pela reestruturação da carreira já (veja abaixo).

Para fazer valerem as reivindicações consolidadas pela categoria, é fundamental aprofundar a mobilização. Por isso, depois das deliberações, a assembleia se transformou em ato, e os participantes se dirigiram em caminhada até o Palácio do Buriti.

Assembleia vitoriosa

Para a diretoria do Sinpro, a assembleia desta quinta-feira demonstrou que a categoria está disposta a lutar pelos seus direitos e em defesa da educação pública. “Nós fizemos um lindo movimento que resultou numa assembleia lotada, e o governo sabe a força que esta categoria tem”, destacou a diretora do Sinpro Márcia Gilda. Ela também exaltou o momento de unidade: “Mostramos que estamos unidos e unidas em torno do que importa: 19,8% já, reestruturação da carreira já”, disse.

A próxima assembleia geral foi marcada para 23 de abril (confira calendário completo abaixo). Ao longo do mês de abril, o Sinpro estará nas cidades debatendo a campanha salarial com a categoria e com a comunidade escolar, para fortalecer as reivindicações e a mobilização da categoria.