Em audiência realizada nessa terça (9), por 4 votos a 1, a 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que os bombeiros civis do Distrito Federal poderão usar em seus uniformes a nomenclatura “bombeiro civil”. Trata-se de um grande triunfo para a categoria, que há tempos luta por essa conquista. “É uma vitória histórica […]
Em audiência realizada nessa terça (9), por 4 votos a 1, a 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que os bombeiros civis do Distrito Federal poderão usar em seus uniformes a nomenclatura “bombeiro civil”. Trata-se de um grande triunfo para a categoria, que há tempos luta por essa conquista.
“É uma vitória histórica que solidifica nossa posição de bombeiros civis. É motivo de grande comemoração para toda a categoria. Não iremos desistir da nossa nomenclatura”, destacou Felipe A. Sousa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Bombeiros Profissionais do Distrito Federal (Sindbombeiros), sindicato que representa os trabalhadores.
A ação ajuizada pelo Sindbombeiros solicitava que, além da permissão para o uso da nomenclatura, o Distrito Federal deixasse de advertir as empresas e os bombeiros civis quanto à utilização do termo.
Em julgamento de primeira instância, o magistrado instruiu o DF a não criar empecilhos quanto ao uso da nomenclatura no credenciamento dos empregadores de Bombeiros Civis.
Na audiência, vários bombeiros militares foram trajados com uniformes de bombeiros civis, a pedido da assessoria jurídica do Governo do Distrito Federal. A intenção seria justificar possíveis confusões que o termo no uniforme poderia trazer à sociedade. O argumento, além de descabido, foi considerado um desrespeito aos profissionais ali representados.
“Se nós, bombeiros civis, viéssemos trajados de bombeiro militar, certamente sairíamos daqui presos. O que falta é respeito e consideração pelos profissionais que somos”, desabafou Felipe.
A estratégia do GDF não serviu de convencimento para os magistrados do STJ, onde, inclusive, os bombeiros civis da Casa ostentam a nomenclatura no uniforme.
“Na maioria dos estados brasileiros o termo utilizado é bombeiro civil. Em São Paulo, por exemplo, até a cor dos uniformes são iguais para os civis e os militares. Não há porque criar essa polêmica no DF. Na momento da crise, o cidadão não vai se importar com a nomenclatura do profissional habilitado que o está socorrendo, ele quer é o socorro”, defendeu o secretário de Finanças do Sindbombeiros, Claudomiro Soares.
Fonte: CUT Brasília