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Em meio à pandemia, bancos demitem mais 13 mil, mas seguem lucrando bilhões

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de março de 2020 a fevereiro deste ano, mais de 13 mil bancários foram demitidos.

Publicado: 12 Abril, 2021 - 14h54 | Última modificação: 12 Abril, 2021 - 16h22

Escrito por: Sindicato dos Bancários de Brasília

Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
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Mesmo com lucros bilionários em meio à maior crise sanitária, social e econômica mundial das últimas décadas, os bancos seguem com a política de redução dos quadros funcionais. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de março de 2020 a fevereiro deste ano, mais de 13 mil bancários foram demitidos. 

Em fevereiro de 2021, a categoria bancária contava com 470.014 trabalhadores. Em fevereiro do ano passado, somava 483.085 bancários. Desde o começo da pandemia, maio foi o único mês em que as admissões foram maiores que as demissões, quando 167 postos de trabalho foram abertos.

A categoria bancária do DF também sofreu redução. Em fevereiro de 2020, o número total de trabalhadores do setor era 22.484, reduzidos a 22.310 em fevereiro deste ano. As ampliações dos postos de trabalho em abril e junho de 2020 e janeiro de 2021 não foram suficientes para equilibrar o quadro.

Para o presidente do Sindicatodos Bnacários de Brasília, Kleytton Morais, os dados do Novo Caged, analisados pelo Dieese Subseção Bancários-DF, revelam a incoerência do sistema financeiro nas entrelinhas. 

“A conta não fecha. No momento mais delicado para os trabalhadores brasileiros, os bancos seguem lucrando bilhões de reais, reduzem o número de bancários, prejudicando o atendimento à população durante a pandemia. A diminuição dos postos de trabalhos, além de contradizer o discurso de responsabilidade social dos bancos, também significa desrespeito aos acordos, com reflexo no aumento do desemprego e da sobrecarga de trabalho para quem fica”, lembra Kleytton.

Confira a análise do Dieese: