Bancários de Brasília aprovam novo acordo do Saúde Caixa
A proposta foi aprovada por 2.704 (56,24% dos votos) e rejeitada por 2.037 (42,37%) bancários. Abstenções somaram 67 votos (1,39%).
Publicado: 07 Dezembro, 2023 - 10h52 | Última modificação: 07 Dezembro, 2023 - 11h00
Escrito por: Sindicato dos Bancários de Brasília
Em assembleia virtual realizada ao longo desta terça-feira (5), empregadas e empregados da ativa, aposentados e pensionistas titulares do Saúde Caixa de Brasília, seguindo orientação do Sindicato dos Bancários, aprovaram a proposta de acordo para renovação do acordo coletivo do plano de saúde. Ao todo, 4.808 bancários participaram da votação. A proposta foi aprovada por 2.704 (56,24% dos votos) e rejeitada por 2.037 (42,37%) trabalhdores. As abstenções somaram 67 votos (1,39%).
O novo acordo foi aprovado também pela maioria das assembleias em todo o país – em 73,6% das bases sindicais. No total, 51,6% dos votantes aprovaram a proposta. Em São Paulo, maior base sindical da categoria bancária do país, a assembleia foi suspensa por decisão da Justiça, devido a uma decisão liminar pedida por um militante da oposição que impediu a continuidade da votação.
“Claro que ninguém gostaria de ter aumento, mas, dado o cenário projetado de déficit, foi uma proposta equilibrada. Com o acordo aprovado, conseguimos zerar todo o déficit de 2023, e para 2024 manter a contribuição dos titulares em 3,5% da remuneração base com um teto máximo de comprometimento 7% (titular mais dependentes diretos) e outros avanços importantes como acesso aos dados primários trimestralmente, o retorno das GIPES, REPES e dos Comitês de Credenciamento, entre outros”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e secretária de Imprensa do Sindicato, Fabiana Uehara.
Fabiana acrescenta que a aprovação do acordo não encerra a luta. “Temos que manter a mobilização. E nas lutas a continuarem sendo travadas, impõe-se a necessidade urgente de alteração do estatuto da Caixa, com a retirada do teto e assim o retorno da manutenção da correlação de custeio 70/30, e que os colegas contratados após 31/08/18 possam ter o direito de levar o plano de saúde para a aposentadoria, entre outras demandas”.
“A sustentabilidade do plano e a sua viabilidade para todos os empregados foram o principal motivo de defesa da proposta. A luta contra o teto e pela inclusão dos colegas pós-2018 no pós-laboral não foi esquecida. Continuamos mobilizados pela recuperação das nossas conquistas”, avalia a secretária de Saúde da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Rafaella Gomes.
“O resultado da assembleia aqui em Brasília demonstra a maturidade dos empregados Caixa, primeiro por se pronunciarem e não transferirem para outros a decisão do que acontecerá, uma proposta construída em mesa de negociação e deliberada em assembleia é muito melhor do que algo imposto unilateralmente pela empresa ou por um magistrado, quando essa possiblidade existe. Segundo, pelo entendimento e responsabilidade dos empregados quanto ao futuro do plano, queremos um Saúde Caixa sustentável e que também seja viável aos empregados. Entendemos que a proposta que saiu vitoriosa apresenta essas duas condições”, explica o diretor do Sindicato Antonio Abdan, que representa a Fetec-CUT/CN na CEE/Caixa.