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Após sofrer violência, MPL faz novo ato contra tarifas nesta terça (22)

O Movimento Passe Livre (MLP), integrado por organizações da Juventude e do movimento estudantil, chama mais um protesto contra o aumento das tarifas de transporte público nesta terça (22), a partir das 17h, na Rodoviária do Plano Piloto. O aumento das passagens de ônibus e metrô (que chegarão até a R$ 4) entrou em vigor nesta […]

Publicado: 21 Setembro, 2015 - 12h54

Escrito por: Jean Maciel

Jean Maciel
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O Movimento Passe Livre (MLP), integrado por organizações da Juventude e do movimento estudantil, chama mais um protesto contra o aumento das tarifas de transporte público nesta terça (22), a partir das 17h, na Rodoviária do Plano Piloto.

O aumento das passagens de ônibus e metrô (que chegarão até a R$ 4) entrou em vigor nesta segunda e faz parte de um pacote de medidas de ajuste das contas públicas, que inclui majoração de impostos, suspensão de reajustes de salários dos servidores, cortes de investimentos, uma série de medidas que penaliza trabalhadores.

Nesta segunda, já estavam programadas manifestações em Brazlândia e São Sebastião

Na sexta (18), no início da noite, houve ato contra aumento das passagens na Rodoviária do Plano e na estação do Metrô. Policiais militares investiram contra os jovens do MPL. Com gás de pimenta e cassetetes, dispersam com violência os manifestantes junto à escadaria do Metrô.

Antes da dispersão, com palavras de ordem contra o aumento das passagens, os manifestantes fecharam por cerca de uma hora o Eixo Monumental.

“A gente não tem condições de pagar essa passagem absurda. A população tem de decidir sobre o transporte que ela usa e o preço justo que tem de pagar”, disse Raíssa Oliveira, integrante do MPL.

Os manifestantes anunciaram que seguiriam para o Palácio do Buriti, sede do governo do DF, mas desistiram e voltaram para a rodoviária.

O MPL soltou nota público no sábado para repudiar noticiário veiculado pelo Correio Braziliense a respeito do conflito ocorrido na noite anterior no Metrô. Confira a seguir:

Sobre as mentiras veiculadas pelo Correio Braziliense:

Na última sexta-feira (19/09/2015), nós do Movimento Passe Livre – DF (MPL) realizamos um ato, na rodoviária de Brasília, contra o aumento das tarifas do transporte público, anunciada pelo governador Rodrigo Rollemberg. O ato foi construído pelo MPL, em conjunto com outros coletivos e trabalhadoras(es) que se propõem a lutar contra o aumento. O MPL atua há mais 10 anos no DF construindo um trabalho de base diário na luta contra a tarifa, por acreditar que a mobilidade é um direito central, que garante o exercício pleno de outros direitos básicos, como saúde e educação. Ao final do ato, a manifestação se dirigia à estação do metrô para exercer na prática o que Rollemberg vem nos negando: o direito à cidade. Deixando claro quais são as suas prioridades, a PM de Rollemberg se deslocou para a frente das catracas do metrô, fazendo um paredão e reprimindo duramente quem se expressa de forma contrária às séries de medidas anti-povo impostas pelo GDF. A PM fez uso de sprays de pimenta, cassetetes, socos e toda gama de violência que lhe é típica, colocando em risco a segurança da população, reiterando que o lucro e a propriedade são mais importantes que a própria vida. A ação da PM foi extremamente violenta e irresponsável, deixando dezenas de feridos.

A matéria publicada pelo Correio Braziliense narrou esse acontecimento de forma inverídica. Não apoiamos políticos de algum partido nas últimas eleições ou em quaisquer outras, pois um dos nossos princípios centrais é a não vinculação a partidos políticos. Nunca parabenizamos o juiz Sérgio Moro. Não distribuímos coquetel molotov ou bombas caseiras a nenhum adolescente ou a qualquer pessoa que compareceu ao ato e exigimos que a PMDF apresente provas sobre essa acusação. As mentiras do Correio sáo tão incoerentes que chegam a ser inacreditáveis. Aproveitamos para questionar o porquê de o adolescente citado na reportagem não ter sido encontrado na DCA e não haver informações sobre sua detenção e seu paradeiro.

Reiteramos que não fomos procurados para a averiguação dos fatos mencionados, evidenciando o descompromisso do Correio Braziliense com a verdade e com a ética jornalística. Quando exigimos que o Correio se desculpasse por suas mentiras, não fomos atendidos, mas simplesmente ignorados. As devidas medidas serão tomadas judicialmente. De toda forma, nos perguntamos: em um momento de ataque do GDF à população do DFE, nos indagamos: a quem interessa as mentiras contada pelo Correio Braziliense?

Por uma vida sem catracas,
Movimento Passe Livre – DF

 

Fonte: MPL e Agência Brasil