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Apoio à Greve dos Médicos do DF

Movimento começou no dia 3/9 e conta com adesão em massa da categoria

Publicado: 10 Setembro, 2024 - 14h29

Escrito por: CUT-DF

Jean Maciel
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A CUT-DF manifesta seu apoio às trabalhadoras e trabalhadores médicos da Secretaria de Saúde do DF em greve por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Compreendemos que melhorar o investimento nos profissionais da saúde é uma necessidade para melhorar o atendimento ao povo do DF. Atualmente, a categoria sofre com condições precárias de trabalho e uma grande sobrecarga que dificulta e por vezes até impossibilita o atendimento. Isso impacta diretamente toda a classe trabalhadora do DF, cuja única opção de cuidado médico é o SUS.

Também repudiamos a postura da Justiça que declarou a greve ilegal mesmo antes do início - o que não é novidade para as categorias de servidores públicos do DF. A greve foi deflagrada no último dia 3 e alerta para a falta de investimento do GDF na saúde e para as investidas privatistas no setor. Apesar da paralisação, atendimentos como pronto socorro e cirurgia estão mantidos como forma de não causar danos irremediáveis à população.

De acordo com informações do Comando de Greve, nos últimos 10 anos, apesar do crescimento da população, o quadro de médicos atuando na Secretaria de Saúde caiu em 25%. Apesar de afirmar reconhecer o déficit de profissionais na secretaria, o governador Ibaneis Rocha não se reúne com a categoria para tratar dessa questão desde o começo de seu mandato.

Não é por acaso a falta de interesse do GDF em solucionar os problemas na saúde pública. Ao invés de fortalecer o serviço essencial pelas vias estatais, Ibaneis preferiu o caminho de facilitar a privatização do setor, transferindo a administração para o IGES. Como é de conhecimento público, essa medida piorou a prestação de serviços à população.

Precisamos defender a saúde pública do DF, fiscalizar os recursos da pasta e apoiar as justas reivindicações das trabalhadoras e dos trabalhadores do setor. Como direito de todos e dever do Estado, a saúde não pode ser entregue para a iniciativa privada.

Exigimos a imediata negociação do GDF com representantes das trabalhadoras e trabalhadores em greve para o restabelecimento dos atendimentos e também melhores investimentos nas condições de trabalho e atendimento da população.