Escrito por: Leandro Gomes

Agentes de vigilância ambiental do DF aprovam criação de sindicato, filiado à CUT

A organização sindical é um importante passo para o fortalecimento da luta por direitos e dignidade

Leandro Gomes

Em assembleia realizada na última segunda-feira (18), os agentes de vigilância ambiental do Distrito Federal avançaram na luta coletiva, e aprovaram a criação do Sindavas-DF ─ entidade sindical que representará a categoria. O sindicato nasce filiado à Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF), que apoiará as trabalhadoras e os trabalhadores do setor, com o suporte necessário para fortalecer a mobilização em defesa dos direitos.

Os AVAs, como são conhecidos, têm uma discussão antiga sobre a representação sindical da categoria. Inicialmente, os trabalhadores eram representados pelo Sindivacs-DF ─ que agrega também os agentes comunitários de saúde do DF. Porém, o grupo se sentia invisibilizado, pois muitas das demandas específicas não estavam sendo contempladas pelos encaminhamentos do Sindicato.

Após um período de insatisfação, muitos trabalhadores começaram a se se filiar ao Sindicato dos Servidores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no DF (Sindprev-DF). Houve, inclusive, uma disputa judicial entre as entidades sindicais (Sinprev e Sindivacs) pela representação da categoria. Por fim, a justiça entendeu que o Sindivacs seria o representante legal.

Entretanto, mesmo após a decisão judicial, os trabalhadores não tinham suas reivindicações atendidas. Foi aí que fundaram a Associação dos Agentes de Vigilância Ambiental do DF, que trouxe muitas conquistas. Mas, ainda assim, os AVAs sentiam que faltava algo, visto que a Associação tinha limitações para a representação sindical.

“Em resumo, as associações têm uma função muito mais individual e de assistencialismo, enquanto os sindicatos têm uma função coletiva e de luta de classe”, explicou o secretário de Organização e Política Sindical da CUT-DF, Douglas Almeida.

Neste sentido, o grupo entendeu que o melhor caminho seria a fundação de um sindicato, o que fortaleceria as lutas e negociações coletivamente.

“Esse foi um passo importante para muitas vitórias da nossa categoria. Já conquistamos muito com a Associação, mas, agora, com o Sindicato e com a CUT, seremos mais fortes”, afirmou a presidenta do Sindavas-DF, Liduína Veras.

A sindicalista reforçou ainda a importância da CUT nesse processo que ela chama de “liberdade da categoria”.  “É necessário que a CUT continue nos apoiando, nos auxiliando no que diz respeito às reivindicações trabalhistas, e nos dando toda assessoria e suporte que estamos precisando, pois estamos começando agora”, afirmou.

E é nessa linha que se pautará a atuação da Central, como destacou Douglas. “O principal papel da CUT agora é apoiá-los e oferecer suporte em todas as demandas e lutas. A CUT tem uma função que é uma visão mais horizontal que abrange todas as categorias e, por ter uma influência política muito grande, a Central pode auxiliar a categoria e abrir portas de diálogo com o governo, planejar a negociação coletiva e ajudar em várias demandas que tragam benefícios aos trabalhadores, o que é o nosso objetivo”, finalizou.