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Gari é impedida de utilizar banheiro em creche na Ceilândia

Trabalhadora relatou sentir-se humilhada com a situação 

Publicado: 02 Agosto, 2022 - 15h41 | Última modificação: 03 Agosto, 2022 - 09h31

Escrito por: Sindlurb-DF | Editado por: Marina Maria

Reprodução Mundo Linha Viva
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Nessa terça-feira (2), uma funcionária de uma creche do Pró-DF, localizada no PSUL, em Ceilândia, impediu uma varredora de utilizar o banheiro da instituição. A funcionária alegou que "não podia de maneira nenhuma" ceder o banheiro para a gari.

Em relato ao Sindicato que representa a categoria no DF - Sindlurb, a varredora, que preferiu não se identificar, relatou o sentimento de tristeza que esse tipo de ação desperta. "Me senti humilhada, nessas horas nos sentimos inúteis, trabalhamos o dia inteiro e em um momento de necessidade não podemos fazer uso do banheiro", afirmou.

Vale reforçar que a Lei 6.836/2021,  obriga órgãos públicos da administração direta e indireta, bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis, shopping centers e demais estabelecimentos comerciais em geral a disponibilizarem gratuitamente suas instalações sanitárias aos Garis e demais trabalhadores do serviço de limpeza urbana sendo vedado qualquer tipo de restrição à sua utilização.

Quem descumprir a lei sofrerá advertência, na primeira vez. Caso reincida, receberá multa de R$ 300. A partir da terceira autuação, a multa será dobrada. E, a partir da quarta autuação, haverá a revogação do alvará de funcionamento, seguido de proibição da renovação do alvará de funcionamento até que a lei seja cumprida.

"Não existe justificativa para que um trabalhador seja impedido de fazer uso de um banheiro. Pedimos a categoria que continue denunciando atos desrespeitosos como esse, para que a lei possa valer de fato, é inadmissível que nossos trabalhadores continuem sendo humilhados dessa maneira", afirmou José Cláudio, presidente do Sindlurb-DF.

Em nota, o Sindicato repudiou a atitude da funcionária e afirmou que não se trata de um caso isolado, mas de um reflexo dos preconceitos e das humilhações que as trabalhadoras e trabalhadores da categoria sofrem diariamente nas ruas.