Escrito por: Marina Maria

31º Grito dos Excluídos denuncia injustiças e defende soberania nacional

Atividade no 7 de setembro reuniu movimentos sociais, culturais e sindicais em Brasília, com críticas à privatização, ao racismo e à concentração de renda.

Marina Maria

O 31º Grito dos Excluídos foi realizado neste 7 de setembro em Brasília e reuniu movimentos sociais, culturais e sindicais na Praça Zumbi dos Palmares. O ato começou pela manhã com uma roda de capoeira e seguiu com apresentações culturais e falas políticas Esse ano, foram destaque a defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos da classe trabalhadora.

A escolha do local foi considerada simbólica pelo presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues. “Zumbi representa a luta do povo trabalhador, dos primeiros escravizados que foram obrigados a servir. Até hoje, os donos do capital acham que trabalhador é sua propriedade”, afirmou. O dirigente também reforçou a luta pela soberania do Brasil. “É fundamental garantir o direito de conduzir o país com autonomia”. 

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O plebiscito popular também esteve no centro de várias falas durante o ato, apresentado como um instrumento de mobilização para a construção de um Brasil mais justo. “Convidamos todos a participarem e divulgarem o plebiscito popular, que discute a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6x1 e a justiça tributária, com taxação dos super-ricos e alívio para quem ganha até R$ 5 mil”. Além do voto, é fundamental que a população divulgue e dialogue sobre o plebiscito em seus locais de trabalho e comunidades, ampliando o debate sobre justiça social e direitos da classe trabalhadora”, disse Rodrigo Rodrigues. 

A CUT- DF possui uma urna física, na recepção da entidade e uma urna virtual, que pode ser acessada aqui. 

Cléber Soares, secretário de Políticas Sociais da CUT-DF, ressaltou que o Grito dos Excluídos é um espaço para dar voz a quem é silenciado no cotidiano. “É um movimento para dar voz a quem não tem. Estamos denunciando a privatização da Rodoviária do Plano Piloto, que fere o direito de ir e vir das pessoas, e também gritando contra o feminicídio, o racismo, a misoginia. Reivindicamos mais recursos para educação, saúde e políticas públicas capazes de emancipar a classe trabalhadora. Este ano, a participação foi ainda maior, mostrando que não vamos nos calar diante das mazelas. Exigimos democracia, soberania, respeito e dignidade”, afirmou.

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O 31º Grito dos Excluídos, que acontece todos os anos no dia da Independência, reafirmou mais uma vez a resistência popular contra as desigualdades sociais e a concentração de poder econômico no Brasil.