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Artigo

Defender a redução das taxas de juros é defender as trabalhadoras e os trabalhadores do Brasil

Publicado: 21 Julho, 2023 - 00h00 | Última modificação: 21 Julho, 2023 - 13h24

A política abusiva de juros do Banco Central, além de se contrapor ao projeto eleito pelo povo brasileiro em 2022, representa um ciclo de retrocessos especialmente para a classe trabalhadora desse país. A taxa básica de juros (Selic), calculada atualmente em 13,75%, é a mais alta do mundo e acaba por dificultar - e muito - o crescimento econômico do nosso país, além de contribuir diretamente com o endividamento da nossa população, especialmente a mais pobre, pois é ela que constantemente precisa recorrer a parcelamento ou crédito para ter acesso aos bens de consumo.

Dito isso, podemos destacar o impacto de todo esse ciclo nas trabalhadoras e nos trabalhadores do comércio e serviços, que ficam ainda mais sobrecarregados, precarizados e com dificuldades de encontrar e manter os postos de emprego devido a esse sistema.

Entre outros pontos, é possível perceber a dificuldade das lojas em manter um bom fluxo de vendas devido ao endividamento progressivo da população.  Com isso, estamos vendo até grandes estabelecimentos fecharem as portas, o que aumenta ainda mais a dificuldade dos pequenos comércios em se manterem.

O impacto sentido pelo empregador se reflete nos funcionários, com redução nas contratações e consequente sobrecarga e aumento das admissões temporárias, o que causa uma avalanche de destruição para essas categorias, que historicamente já sofrem com a exploração desenfreada das lojas, com a carga horária excessiva, metas abusivas e poucos direitos respeitados.

Lutar por uma taxa de juros mais justa é fortalecer a economia do nosso país, reduzir as desigualdades sociais e defender o emprego e renda de milhões de pessoas. O ramo do comércio e serviços precisa se engajar cada vez mais nesse enfrentamento, uma vez que não há justificativa plausível para que essa política do Banco Central permaneça quando o Brasil já mostrou - nas ruas e nas urnas- que quer escrever uma página nova de sua história.